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O gesto de Musk que assombra o mundo

  • Foto do escritor: Sandra Moura
    Sandra Moura
  • 22 de jan.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 24 de jan.

O gesto nazista do bilionário Elon Musk, durante evento pró-Trump, provoca indignação. Muito mais ainda, quando se sabe que os bilionários da tecnologia lucram com os cliques, engajamentos e as interações que incitam o ódio. Os donos das big techs estavam lá na posse do presidente dos Estados Unidos, que se tornou um espetáculo de retrocessos.


Além da rede que envolve economia e política, o ritual adotado pelo bilionário não é um mero ato de transmissão de informações, mas de representação de crenças, o chamado viés de confirmação. É o braço teatralizado para espalhar o ódio, atiçar a podridão de tudo que simboliza o nazismo.  


A disseminação de discurso de ódio, espalhando pânico para o mundo, como no gesto de Musk, confirma a capacidade de seres humanos de estabelecerem verdadeiras redes, formadas pela sincronização de múltiplos cérebros, em torno de uma crença, objetivo e abstração, seguindo a ideia de brainets do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis.

 

Mas não é só isso: o gesto parece apelar aos instintos mais primitivos no cérebro social. Como em outros animais, segundo Nicolelis, os seres humanos contêm, na profundeza do cérebro, traços e restos de comportamentos instintivos fixos. “Todos nós somos suscetíveis à persuasão (e a sincronização) das abstrações mentais que apelam às crenças primitivas e aos seus padrões comportamentais estereotipados”.

 

Portanto, é preciso que o mundo fique atento e forte a esse gesto do bilionário, que ganha tanto dinheiro – parte à custa da mentira, da desinformação e da propagação ao discurso de ódio –, para promover estupidez como a do gesto que assombra o mundo.


Sandra Moura, investigadora, professora de ensino superior e co-fundadora do Alumia



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