top of page

Governo português ignora possível guerra

  • Da redação
  • 29 de mar.
  • 3 min de leitura

A guerra está batendo às portas da Europa e os países já se preparam para o pior. Finlândia, Suécia, França, Noruega já produziram manuais com orientação às pessoas em caso de uma catástrofe como uma ameaça nuclear ou conflito armado. Os manuais indicam como as pessoas devem se portar no caso de uma situação de emergência. Mas e Portugal? Porque o governo continua em silêncio sobre o tema, sem nenhuma medida concreta de orientação para a população se a guerra chegar?


Nos últimos meses, países europeus lançaram manuais de sobrevivência com instruções claras para as populações. Finlândia, Suécia, Noruega, Polónia estão a destacar a importância de preparar os cidadãos para cenários de guerra. O governo francês anunciou a distribuição de um documento com diretrizes sobre para a população. Em Portugal, entretanto, essa preocupação é inexistente por parte do governo.


“É uma ameaça à nossa forma de vida, à nossa liberdade, à nossa democracia e à nossa tolerância. Se queremos preservar a nossa forma de viver, temos de nos proteger. Portugal deve seguir o exemplo de outros países europeus que já estão a tomar medidas e a orientar as populações”, afirmou, em entrevista à CNN de Portugal, o major-general Isidro de Morais Pereira. A preocupação com a defesa civil é valorizada pela União Europeia, que anunciou uma estratégia de preparação para tempos de crise, garantindo que tanto a população civil como as autoridades estejam prontas para enfrentar situações de emergência.


O especialista em Proteção Civil Duarte Caldeira sublinha que a falta de preparação em Portugal é devido a um “défice de informação”. “A generalidade dos cidadãos nunca passou por um conflito bélico nem recebeu qualquer tipo de formação nesse sentido. As pessoas não sabem que medidas de autoproteção devem adotar numa situação destas”, alertou. O único material informativo da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil centra-se no risco sísmico, deixando de lado outros cenários.


A defesa civil também implica a criação de infraestruturas adaptadas para emergências. A Alemanha está a desenvolver uma aplicação que indica os bunkers mais próximos em caso de ataque, e a Polónia inclui nos seus manuais informações sobre sistemas de alerta, abrigos antiaéreos e segurança digital.


Mas se o governo português parece não se importar com a ameaça, os cidadãos podem tomar medidas individuais para se protegerem em caso de crise. O ideal é que cada família tenha um “kit de sobrevivência” com mantimentos não perecíveis, água, enlatados, pilhas, lanternas, um rádio e um conjunto de primeiros socorros. No entanto, nada disso será totalmente eficaz se um possível conflito durar meses ou até anos.


Segundo a Cruz Vermelha Portuguesa, é  vital que as pessoas estejam preparadas para situações de emergências tanto em casa, como no trabalho, escola ou comunidade. Estar preparado pode ajudar a controlar melhor a situação e a recuperar mais rapidamente, dado que em alturas de grande emergência o socorro pode demorar mais algum tempo a chegar até si.

 

Três coisas simples a fazer:


Faça um kit de emergência

Durante uma emergência, poderemos necessitar de bens essenciais.

Faça um plano

Crie um plano de emergência em casa, condomínio, empresa, escola e noutros locais, e determine um ponto de encontro para si e para a sua família, colegas, alunos, etc. Faça exercícios desse mesmo plano.

Mantenha-se informado

Conheça os riscos e previna-se. Apesar das consequências dos desastres serem semelhantes, conhecer os riscos específicos na sua comunidade ou região, pode ajudá-lo na preparação.

 

 

Tenha o seu kit de sobrevivência

  • Alimentos suficientes para 5 dias, de preferência de prazo alargado que não exijam refrigeração, preparação ou água, como por exemplo: conservas; barras energéticas; cereais; frutos secos; bolachas; bebidas energéticas, entre outros.


  • Água para 5 dias, para beber (cerca de 4 litros por dia/pessoa) e para a higiene diária. Atenção: pessoas doentes, crianças e mães em período de amamentação necessitam de beber mais água.


  • Estojo de primeiros socorros que inclua medicamentos de uso corrente (como o paracetamol, anti-diarreicos, laxantes), luvas de descartáveis, máscaras de protecção, compressas, pensos rápidos, desinfectantes, tesoura, rolo de adesivo e termómetro.


  • Medicamentos receitados para toma diária por doenças crónicas ou continuadas (tensão alta, diabetes, reumatismo, doenças do coração) ou em caso de emergência, como insulina, medicamentos para o coração, inaladores para asma ou outros. O ideal será ter uma dose adicional para um mês destes medicamentos.


  • Rádio a pilhas e lanterna, bem como uma reserva de pilhas para ambos.


  • Artigos sanitários e de limpeza: lixívia (hipocloreto de sódio), lenços de papel, sabão, anti-séptico à base de álcool.


  • Artigos especiais para bebés (fraldas, leite em pó, toalhetes), para idosos ou para membros da família com problemas específicos.


  • Se usa óculos, ter um par suplementar.


  • Manual de primeiros socorros.


  • Dinheiro para pagamento de serviços ao domicílio ou outros serviços/produtos.


  • Documentos pessoais de todos os membros da família (bilhete de identidade, cartão utente do SNS), guardados em lugar acessível e conhecido por todos os elementos da família.

 

Fonte: Cruz Vermelha Portuguesa





Kommentare


bottom of page