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Depressão Herminia provoca ventos fortes e chuva

  • Da redação
  • 26 de jan.
  • 2 min de leitura

Uma nova depressão, chamada Herminia, está a desenvolver-se no Atlântico e, ao contrário de Éowyn – que atingiu o Reino Unido –, afetará Portugal continental de forma mais abrangente e forte. Esta baixa pressão sofrerá um processo de ciclogénese explosiva (também conhecida como bomba meteorológica ou ciclone bomba), resultando em rajadas de vento muito fortes, precipitação persistente e agitação marítima. É provável que o centro de Herminia afete novamente a costa oeste da Irlanda, onde na sexta-feira (24) Éowyn estabeleceu um novo recorde nacional de 183 km/h, segundo o site Tempo.pt.


Nas primeiras horas da madrugada de segunda-feira (27) uma frente fria associada à depressão Herminia começará a deslocar-se para leste, acompanhada por uma mudança do vento de Sudoeste para Oeste. O vento manter-se-á forte até ao final da manhã, aliviará temporariamente, e ao início da tarde voltará a ganhar intensidade, espalhando-se para outras regiões do Norte e Centro. A tempestade Éowyn, que está a atingir o Reino Unido, também terá efeitos em Portugal, ainda que menos severos. Os próximos dias vão ser de chuva, principalmente no Norte do país.


Para a Irlanda e para o Reino Unido, a previsão é de uma tempestade destrutiva, tendo sido mesmo apelidada de “tempestade do século”. Em Portugal, os efeitos não têm comparação. Ainda que indiretos, há avisos a ter em conta, com especial atenção, esta sexta-feira, para o litoral norte do território continental. No domingo, há um agravamento significativo do estado do tempo devido à passagem da depressão Hermínia. No início da próxima semana, está também prevista queda de neve para as regiões altas do Norte e Centro do país, de acordo com informações do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).


Como formam-se as depressões

A uma latitude de 10º, ou superior, é possível a existência de movimentos de rotação que, no Hemisfério Norte, têm sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. Se estes movimentos forem organizados e persistentes, tendem a originar a formação de regiões de baixas pressões (depressões), caracterizadas pela presença de nuvens de grande desenvolvimento vertical (como os cumulonimbos). Em alguns casos evoluem para ciclones tropicais - sistemas de baixas pressões, que se formam na região tropical, em geral entre os 10º e 30º de latitude – os quais podem originar trovoadas e precipitação forte.


As águas quentes da superfície do oceano constituem a principal fonte de energia dos ciclones tropicais. O vento associado ao sistema de baixas pressões à superfície favorece a sua evaporação, libertando-se energia, sob a forma de calor latente. A subida de ar quente e húmido, e consequente condensação, reforça a libertação de calor e contribui para o aumento de energia associado à massa nebulosa. Como consequência, esta vai-se desenvolvendo e organizando em células convectivas de grande dimensão, cujos topos se vão elevando na atmosfera. A existência de ventos fracos nos níveis médios e altos da troposfera (“wind-shear” baixo ou nulo) favorece o desenvolvimento e intensificação da tempestade. (Fonte: IPMA)



Chuvas e fortes ventos serão registrados na segunda-feira em boa parte de Portugal
Chuvas e fortes ventos serão registrados na segunda-feira em boa parte de Portugal
Em locais montanhosos preveem-se rajadas de 100-110 km/h na segunda-feira (27). Foto: tempo.pt
Em locais montanhosos preveem-se rajadas de 100-110 km/h na segunda-feira (27). Foto: tempo.pt

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